Toda a Mente tem uma Voz... e toda a Voz tem uma Mente...



domingo, 27 de abril de 2014

Insinceridade

quis-nos aos dois enlaçados
meu amor ao lusco-fusco
mas sem saber o que busco:
há poentes desolados
e o vento às vezes é brusco

nem o cheiro a maresia
a rebate nas marés
na costa de lés a lés
mais tempo nos duraria
do que a espuma a nossos pés

a vida no sol-poente
fica assim num triste enleio
entre melindre e receio
de que a sombra se acrescente
e nós perdidos no meio

sem perdão e sem disfarce,
sem deixar uma pegada
por sobre a areia molhada,
a ver o dia apagar-se
e a noite feita de nada

por isso afinal não quero
ir contigo ao lusco-fusco,
meu amor, nem é sincero
fingir eu que assim te espero,
sem saber bem o que busco.

Vasco Graça Moura

terça-feira, 22 de abril de 2014

Rumores

Acorda-me...
um rumor de ave.
Talvez seja a tarde
a querer voar.


A levantar do chão
qualquer coisa que vive,
e é como um perdão
que não tive.


Talvez nada.
Ou só um olhar
que na tarde fechada
é ave.


Mas não pode voar.


Eugénio de Andrade

 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

As três verdades da vida

(Retirado Google)

Gabriel García Marquez

"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver."

sábado, 12 de abril de 2014

Falta de Amor

A falta de Amor é a pior de todas as pobrezas.
 
Madre Tereza de Calcuta

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Nos teus olhos

É nos teus olhos que o mundo inteiro cabe,
mesmo quando as suas voltas me levam para longe de ti;
e se outras voltas me fazem ver nos teus
os meus olhos, não é porque o mundo parou, mas porque esse breve olhar

nos fez imaginar que
só nós é que o fazemos andar.

Nuno Júdice


(Retirado Google)

 

quarta-feira, 2 de abril de 2014

I have nothing...


Respiro o teu corpo

Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,...

sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.



Eugénio de Andrade