Braga
(Net)
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Mais uma conquista da “Humanidade”, SIM?!!
Custa ainda aceitar que se possa chamar de conquista, algo que é um Direito da Pessoa Humana. Hoje, em pleno século XXI, foi noticiado que na Arábia Saudita, as mulheres vão passar a poder exercer o direito de voto, participar em eleições municipais e fazer parte do conselho Shura, que se trata de um órgão consultivo do Governo do país, com poder para propor leis, rever orçamentos e aconselhar o rei. O rei Abdullah fez saber que a “dita lei”entra em vigor a partir das eleições municipais do país, no próximo dia 29 de setembro 2011.
Esta será mais uma data histórica não só daquele país e dessas mulheres que têm lutado e criado diversos movimentos para reivindicar os seus DIREITOS, como também na história da Humanidade…
Mente
domingo, 25 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Já não Vivi, Só Penso
Já não vivo, só penso. E o pensamento
é uma teia confusa, complicada,
uma renda subtil feita de nada:
de nuvens, de crepúsculos, de vento.
Tudo é silêncio. O arco-íris é cinzento,
e eu cada vez mais vaga, mais alheada.
Percorro o céu e a terra aqui sentada,
sem uma voz, um olhar, um movimento.
Terei morrido já sem o saber?
Seria bom mas não, não pode ser,
ainda me sinto presa por mil laços,
ainda sinto na pele o sol e a lua,
ouço a chuva cair na minha rua,
e a vida ainda me aperta nos seus braços.
Fernanda de Castro, in "E Eu, Saudosa, Saudosa"
é uma teia confusa, complicada,
uma renda subtil feita de nada:
de nuvens, de crepúsculos, de vento.
Tudo é silêncio. O arco-íris é cinzento,
e eu cada vez mais vaga, mais alheada.
Percorro o céu e a terra aqui sentada,
sem uma voz, um olhar, um movimento.
Terei morrido já sem o saber?
Seria bom mas não, não pode ser,
ainda me sinto presa por mil laços,
ainda sinto na pele o sol e a lua,
ouço a chuva cair na minha rua,
e a vida ainda me aperta nos seus braços.
Fernanda de Castro, in "E Eu, Saudosa, Saudosa"
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Tortura...
Hoje, mais uma vez, fui assolada com um ataque de pânico, embora sejam mais espaçados, o certo é que provocam uma angústia, um medo terrível. A ansiedade com que tenho vivido estas últimas duas semanas era de prever. A doença súbita de quem muito gosto e um diagnóstico muito complicado, aliada a uma intervenção cirúrgica também muito delicada, foi o suficiente para despoletar em mim aquilo que mais temo, O PÂNICO, bem compreendido por aqueles sente na pele, e alvo de algum escarnecimento, até mesmo apelidado por muitos de “doença moderna”. Felizmente a cirurgia correu bem… resta esperar pelo recobro.
Mente
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Nuvem cinzenta...
Uma nuvem cinzenta teima pairar sobre mim, apoderar-se da minha mente para me confundir, sufocar ou mesmo aprisionar a minha voz. Aprisionada, a minha voz não se solta nem flui, somente aguarda que essa nuvem cinzenta se dissipe… emerja um pequeno raio de sol…
Mente
Noite de Saudade
A Noite vem poisando devagar
Sobre a Terra, que inunda de amargura ...
E nem sequer a bênção do luar
A quis tornar divinamente pura ...
Ninguém vem atrás dela a acompanhar
A sua dor que é cheia de tortura ...
E eu oiço a Noite imensa soluçar!
E eu oiço soluçar a Noite escura!
Por que és assim tão escura, assim tão triste?!
É que, talvez, ó Noite, em ti existe
Uma Saudade igual à que eu contenho!
Saudade que eu sei donde me vem ...
Talvez de ti, ó Noite! ... Ou de ninguém! ...
Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!!
Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"
sábado, 17 de setembro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Um ombro...
Há dias em que nos sentimos particularmente fragilizadas, carentes de afeto e carinho…em que somente precisamos de um ombro amigo em quem nos apoiar. Que nos oiça e não nos questione, que nos olhe e nos veja tal como somos e não nos recrimine. Alguém que, por momentos, esteja ao nosso lado, connosco, por aquilo que somos, sem dissimulações cobranças ou qualquer tipo de interesse subjacente. Alguém que nos faça sentir “ESTOU AQUI… POR TI…E PARA TI…”
Mente
O que Me Dói não É
O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão...
São as formas sem forma
Que passam sem que a dor
As possa conhecer
Ou as sonhar o amor.
São como se a tristeza
Fosse árvore e, uma a uma,
Caíssem suas folhas
Entre o vestígio e a bruma.
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão...
São as formas sem forma
Que passam sem que a dor
As possa conhecer
Ou as sonhar o amor.
São como se a tristeza
Fosse árvore e, uma a uma,
Caíssem suas folhas
Entre o vestígio e a bruma.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
O Amor é Muito Difícil
Penso que o amor é muito difícil. Existem muitos obstáculos a que possa ser o absoluto que é. A palavra amor é uma palavra muito gasta, muito usada, e muitas vezes mal usada, e eu quando falo de amor faço-o no sentido absoluto... há uma série de outros sentimentos aos quais também se chama amor e que não o são. No amor é preciso que duas pessoas sejam uma e isso não é fácil de encontrar. E, uma vez encontrado, não é fácil de fazer permanecer.
José Luís Peixoto, in 'Notícias Magazine (2003)'
domingo, 4 de setembro de 2011
sábado, 3 de setembro de 2011
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Sem Corpo Nenhum
Sem corpo nenhum,
como te hei de amar?
— Minha alma, minha alma,
tu mesma escolheste
esse doce mal!
Sem palavra alguma,
como o hei de saber?
— Minha alma, minha alma,
tu mesma desejas
o que não se vê!
Nenhuma esperança
me dás, nem te dou:
— Minha alma, minha alma,
eis toda a conquista
do mais longo amor!
Cecília Meireles, in 'Poemas’
— Minha alma, minha alma,
tu mesma escolheste
esse doce mal!
Sem palavra alguma,
como o hei de saber?
— Minha alma, minha alma,
tu mesma desejas
o que não se vê!
Nenhuma esperança
me dás, nem te dou:
— Minha alma, minha alma,
eis toda a conquista
do mais longo amor!
Cecília Meireles, in 'Poemas’
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